A Batalha da Vida

segunda-feira, maio 29, 2006

'São vistos "como cagões arrogantes, homossexuais no armário, membros de diferentes sociedades maçónicas corruptas ou, no mínimo e como refere Alan Bennett, criaturas exóticas que estão além da compreensão do comum mortal educado nas escolas do estado". '

Ao ler este post sobre os alunos do colégio de Eton, em Inglaterra, no Mau tempo no canil (www.mautemponocanil.blogspot.com), apenas umpensamento me passou pela mente: espera aí, queres ver que a cúpula do PP (Nuno Melo à cabeça) estudou em Eton?

quinta-feira, maio 18, 2006

Imagens - III








Dorothea Lange, "The Migrant Mother"

Uma História Simples




A mais ou menos um mês do Mundial de Futebol 2006, a realizar na Alemanha, foi editado um dvd intitulado Fifa Fever. Nele, encontram-se pedaços de história dos diversos mundiais, entre grandes golos, grandes defesas e grandes falhanços. Até aqui tudo bem, não fora um capítulo onde se lembram grandes “erros” de arbitragem – e onde, naturalmente, pontifica o vergonhoso Mundial de 2002, na Coreia do Sul e no Japão.

A história é simples: depois de, com toda a justiça, ter ganho o seu grupo, onde, inclusivamente eliminou Portugal (para os cínicos, esta não é uma prosa de ressabiamento e mau perder), a Coreia do Sul foi positivamente levada ao colo por tudo e por todos. Neste dvd, tal facto, que se estendeu inclusivamente à equipa espanhola, tendo cessado somente frente à (mesmo economicamente) poderosa Alemanha nas meias-finais, aparece expresso no Coreia do Sul 2 – Itália 1. Nele, vemos o momento em que Francesco Totti, podre de cansaço, cai, sem pedir pénalti, devido a um contacto legal com um adversário. O árbitro “interpreta”a queda como simulação, e, expulsa por acumulação de cartões amarelos o nº 10.

O mais sintomático de tudo acontece depois da expulsão. Giovanni Trappatoni, por quem, sendo benfiquista, tenho mais gratidão do que admiração, esmurra o banco de suplentes, perante o sorriso amarelo de um membro da Fifa. Este último parece dizer: “Estava escrito, aceita e aguenta”. Ao mesmo tempo, vários jogadores italianos, com especial ênfase no capitão Paolo Maldini, chamam todos os nomes possíveis e imaginários ao árbitro. Este expulsou mais alguém? Claro que não; o trabalho já estava feito.

Sabe-se que um dos árbitros do Mundial, o que anulou um golo limpo à Bélgica no jogo dos quartos-de-final contra o Brasil, recebeu da organização, interessada numa final entre os “canarinhos” e os coreanos, um luxuoso carro topo de gama. Sabe-se que ninguém fez nada, e que tudo foi denunciado muito timidamente. O que não se sabia era dos esforços propagandísticos da Fifa para afirmar semelhantes práticas como parte do jogo, como motivo de nostalgia a posteriori, talvez para que alguém se lembre que foi nesta altura que a Cátia Vanessa começou a andar com o Tó Manel e que nessa altura a vida era mais simples. É o preço que se paga por termos deixado que gangsters fossem bem aceites pela sociedade, desde que presidentes de clubes de futebol, árbitros ou empresários do desporto-rei.

Quem me dera saber deixar de perder tempo com esta merda.

sexta-feira, maio 12, 2006

Descobertas - III


O Benfica ter um jovem negro chamado Manuel Fernandes é o mesmo que o Sporting ter um jovem Branco chamado Eusébio.

Digam - me lá... - I


Numa altura em que, em Portugal, existe já uma “brigada” destinada a caçar os incautos que ainda extraíam música ilegalmente da Internet, importa referir que se a lógica da defesa dos interesses comerciais das editoras é inatingível, o mesmo já não se passa com os músicos que, apostados no que se chama a “propriedade intelectual”, condenam o download ilícito.

À partida, as editoras seriam estruturas de difusão e edição dos conteúdos elaborados pelos artistas. Contudo, no que à música diz respeito, estas multinacionais, nas suas divisões de distribuição, transporte, marketing e, naturalmente, publicação, renegam os dividendos financeiros devidos aos artistas a uma minúscula parcela do preço final dos cds. Em contrapartida, a difusão, mesmo que gratuita, do trabalho de músicos através da Internet permite um maior conhecimento do mesmo por parte do público, o que redunda num maior público potencial nos concertos, a verdadeira fonte de fonte de rendimentos dos interpretes. Uma cruzada contra os downloads ilegais como a que foi perpetrada, há alguns anos, pelos Metallica, parece então, um tiro no pé, pelo menos do ponto de vista da rentabilidade dos projectos criativos.

Importa, então, perguntar: será que o que os artistas já publicados temem somente uma concorrência livre e menos dependente da filtragem e suporte das editoras?