A Batalha da Vida

segunda-feira, junho 12, 2006


Em relação à questão do veto presidencial à “Lei da Paridade”, importa referir uma questão que ninguém tem mencionado. Não, não se trata das cotas, e dos profundos problemas que a elas têm vindo a ser colados. Até porque as cotas só chocam aqueles que têm lugar garantido, e que se acham mais representativos que os outros. Um parlamento deve reflectir, em termos dos seus diversos grupos de deputados, a estrutura de uma sociedade. Pelo contrário, um dos grandes cancros da democracia nacional, a disciplina partidária, tem passado incólume. Importa lembrar que, enquanto um deputado estiver em S. Bento a fazer número, sem poder, inclusivamente, votar de acordo com o que é melhor para o círculo eleitoral a que pertence (ou deveria pertencer, mas isso é outra questão), pouco mudará. A presença equitativa de homens e mulheres no Parlamento só surtirá efeito quando as mulheres puderem votar livremente nos assuntos que lhes dizem mais respeito. Os verbos de encher são assexuados.

quinta-feira, junho 01, 2006

Para a criança dentro de nós...



http://www.publico.clix.pt/calvin_and_hobbes/index-ie4-dhtml.asp

Quantas vezes já não vos apeteceu dançar no meio da rua, quando se sentem felizes? As pessoas à vossa volta não importam. O mundo é vosso. Quantas vezes não vos apeteceu desatar a correr atrás do colega de trabalho, porque vos acusou de terem feito um mau serviço e desatar à pancada? Quantas vezes não vos apeteceu serem acordados de manhã pelos vossos pais, que vos compraram uma prenda para assinalar o Dia da Criança?

Até que ponto é que aos vinte e poucos anos esta tradição continua a fazer sentido? E se faz sentido, como a devemos entender? Um Dia do/a Filho/a, em compensação das efemérides atribuídas aos pais? Ou será uma forma que eles, os pais, têm de nos dizer que para eles nunca crescemos, nem nunca iremos crescer? Eternamente crianças?! Para sempre sob o controlo deles e sob a sua consciência, o seu juízo?!!!!!

Nã...

É bom recebermos. É bom darmos. Mas... não nos venham com a treta do "Hoje é o teu dia!" "Para mim serás sempre o meu bebé!" Pois, o pior é quando lhes dizemos que queremos sair de casa ou, apenas e simplesmente, que eles deixem de nos controlar só porque ainda vivemos debaixo do mesmo tecto...

Enfim, sejamos crianças, sim! Hoje, dia 1, amanhã e sempre! Mas com a abertura de espírito, com a inocência e a vontade de descobrir. Saltemos, pulemos, cantemos, digamos tudo o que nos vier à cabeça, mas com um acréscimo de responsabilidade que, inevitavelmente, a mentalidade adulta nos proporciona.

Sejamos, apenas e principalmente... nós!